maio 26, 2010

Ecobril é a novidade no mercado de limpeza



No início do mês de maio, a Bombril lançou no mercado brasileiro uma linha de produtos de limpeza doméstica chamada Ecobril. São 24 itens fabricados, segundo a empresa, a partir de matérias-primas naturais e de fontes renováveis.
O conceito da Ecobril levou quase dois anos para se tornar realidade, com pesquisas e investimentos que chegaram aos 7 milhões de reais. A linha visa estimular o consumo consciente, oferecendo ao mercado produtos que podem ser reciclados e embalagens para serem reaproveitadas com novos refis.
Na descrição dos produtos, a Bombril reforçou que o processo de fabricação é realizado de forma sustentável, ao usar matérias-primas naturais, com ativos biodegradáveis. Tanto o desenvolvimento das embalagens como a perfumação foram inspiradas no segmento de cosméticos.
Os frascos foram elaborados em material reciclado e 100% reciclável. Já as embalagens em papel possuem certificações que atestam os cuidados sociais, ambientais e econômicos do manejo da área florestal – Certificação FSC (pastilha de ralo) e Certificação Cerflor (lava roupa em pó).

A linha se divide em duas categorias:

  • Cuidados com as roupas: lava roupa em pó concentrado, lava roupa líquido e amaciante
  • Cuidados com a casa: pastilha para ralo, lava louças, multiuso, limpador perfumado, saponáceo, limpa vidros e limpa carpetes
Uma novidade na Ecobril para o mercado brasileiro é a pastilha para ralo. Ela foi desenvolvida pela SuperBac, empresa de biotecnologia, para atuar contra odores desagradáveis e entupimentos. O processo utiliza microorganismos para degradar os resíduos orgânicos.

maio 21, 2010

Biodiversidade


Atualmente,  mais de 17 mil espécies de animais e plantas correm  risco de desaparecer do planeta, sendo que 22%   dos mamíferos, 30%  dos anfíbios e 12% das aves estão ameaçadas de extinção. 
No Rio Grande do Sul, 261 espécies da fauna e 600 espécies da flora correm risco de extinção ou já desapareceram.

Em nível global, mais de 60% dos serviços ambientais encontram-se encontram-se degradados. Estas alterações, que  foram mais significadas nos últimos 50 anos, estão diretamente ligadas às atividades humanas, resultando em perdas significativas  da diversidade biológica, degradação de serviços ambientais e aumento da pobreza dos povos.
Para que estes processos negativos sejam reduzidos, uma mudança de comportamento se faz necessária, visando diminuir o ritmo da perda da biodiversidade em todos os níveis, com ações de  educação ambiental, que  passe a fazer parte do cotidiano das pessoas.

Dia 22 de maio - Dia internaional da Biodiversidade

Dia 22 de maio - Dia internaional da Biodiversidade

  Objetivos do Ano Internacional da biodiversidade:
• Aumentar a consciência sobre a importância da conservação da biodiversidade para o bem-estar, compreensão e promoção do valor econômico da biodiversidade;
• Aumentar o conhecimento público das ameaças à biodiversidade e os meios para a conservar;
• Incentivar as organizações e, através delas, os indivíduos, para realizar as atividades, diretas ou indiretas, de conservação da biodiversidade.

maio 20, 2010

O CORO DA BIODIVERSIDADE!


Imagem: leão marinho
“Eu sou pirata da perna-de-pau. ..”
Eu sou calípio da cara-de-pau / Eu pago campanha eleitoral
Eu tenho amigo em todo jornal / Só dizem o que eu quero
E ta tudo legal
“Se você pensa que cachaça é água…”
Se você pensa que pro nosso pampa / Eucalipto é solução
A grana vai lá pras Europa / Conosco fica destruição
“Caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento..”
Tão vendendo um alimento / Tão ruim que não dá sustento
Plantando com tanto veneno / Pra mim não
Eu quero mesmo é pinhão / Batata-doce e aipim
Da horta do Seu João / Com amor
Eu vou / Por que não / Por que não
“As águas vão rolar…”
As águas vão rolar / Com as barragens eu não quero nem sonhar
Essa energia que é só pra exportação / Pro nosso povo, não falta não
Deixa as águas rolar
“Cidade maravilhosa. ..”
É o pampa maravilhoso / Cheio de espécies mil
É o pampa todo florido / Bem no sul do meu Brasil
“Ei você aí, me da um dinheiro aí…”
Ei você aí / Sai desse carro aí, sai desse carro aí
Não vai da / Não vai da não / Quanto mais carro, mais poluição
Nosso planeta ta esquentando tanto / Caminhá e pedalá é a solução
(larga o carro de mão)
“Acorda Maria bonita…”
Acorda nossa Porto Alegre / Teu mato ainda ta de pé
Na nossa zona rural / Tem alimento que eu boto fé
“Olha a cabeleira do Zezé…”
Olha o condomínio do Zezé / Será que ele é / Será que ele é / RICO!!!
Olha o condomínio do Zezé / Será que ele é / Será que ele é / RICO!!!
Será que ele paga imposto / Será que ele é Maomé
Será que ele é loteador / Honesto eu sei que não é
(Ocupa a casa dele!!! Ocupa a casa dele!!!)
*inspirado em marchinhas de carnaval.
mais:

A vida ameaçada. Desastre Ecológico

Tartaruga marinha é vista morta nas areias da praia de Bay Saint Louis, Mississippi. 
Foto: David Quinn/AP


Pelicano coberto de óleo recebe tratamento em Fort Jackson. 04/05/2010. Foto: Paul Buck/Efe

Venice, Louisiana. Foto: Paul Buck/Efe

 O petróleo continua a vazar duas semanas após o acidente da plataforma Deepwater Horizon, explorado pela empresa BP, que afundou no Golfo do México. O desastre pode vir a ser um dos piores da história e coloca em risco o delicado ecossistema da vida marinha na região. A fauna e a flora da faixa litorânea de estados norte-americanos como Louisiana, Mississipi, Flórida e Alabama, também estão sob ameaças.

Bolhas de óleo são vistas nas águas das ilhas Chandeleur, no Golfo do México, EUA.
Foto: Eric Gay/AP

Dia Internacional da Biodiversidade

 O Dia Internacional da Biodiversidade foi instituído pela UNESCO com o objectivo de promover o conhecimento sobre a biodiversidade e alertar para os problemas a ela associados como as alterações climáticas, as rápidas mudanças nos diferentes habitats e as consequentes modificações nas taxas de reprodução animal e no crescimento das plantas ou, em casos extremos, o desaparecimento de inúmeras espécies de fauna e flora.

O Decreto-Lei nº 21/93, de 21 de Junho, que ratificou a CONVENÇÃO DA BIODIVERSIDADE, define a biodiversidade como a “variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, incluindo os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; compreende a diversidade dentro de cada espécie, entre as espécies e dos ecossistemas”.
Numa perspectiva global, este termo pode ser considerado como sinónimo de “Vida na Terra”, resultado de mais de 3 mil milhões de anos de evolução. O número exacto de espécies actualmente existente é desconhecido: até à data foram identificadas cerca de 1,7 milhões mas as estimativas apontam para um mínimo de 5 milhões e um máximo de 100 milhões.
A biodiversidade deve ser protegida devido:
• Ao seu valor intrínseco: a natureza está na base de numerosas actividades recreativas, turísticas e culturais.
• Aos serviços ecossistémicos que presta: a natureza fornece-nos os elementos necessários à nossa vida e ao nosso bem-estar (alimentos, medicamentos, água, ar, etc.). Existe um limite para a capacidade de substituição, pelo engenho humano e pela tecnologia, desses serviços naturais.
Estas são as mais importantes ameaças à biodiversidade:
• Mudanças na utilização dos solos, que fragmentam, degradam e destroem os habitats. Esta mudança de afectação deve-se, principalmente, ao crescimento demográfico e ao aumento do consumo por habitante, dois factores que irão intensificar-se no futuro e gerar maiores pressões.
• Alterações climáticas, que destroem certos habitats e organismos, perturbam os ciclos de reprodução, obrigam os organismos móveis a deslocar-se, etc.
• Outras pressões importantes são a sobreexploração dos recursos biológicos; a difusão de espécies alóctones invasivas; a poluição do ambiente natural e dos habitats; a mundialização, que aumenta a pressão devida ao comércio, e a má governação (incapacidade de reconhecer o valor económico do capital natural e dos serviços ecossistémicos).
A conservação da biodiversidade é crucial, especialmente quando se trata de preservar os habitats mais afectados pela mudança climática. Compreender o alcance desta ligação permitirá enfrentar de uma forma mais eficaz os desafios das próximas décadas.
 Saber +
Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade
Portal do Ambiente e do Cidadão


O Brasil detém de 15 a 20% da biodiversidade mundial, é o país mais megadiverso do mundo. Manter a biodiversidade frente ao impacto humano, responsável pela degradação de habitats, poluição, mudança climática é um grande desafio. Destruir a biodiversidade é destruir a possibilidade de existência continuada da vida em geral.

Infinitas possibilidades de uso do bambu.

 “Um homem pode acomodar-se em uma casa de bambu sob um teto de bambu, em uma cadeira de bambu a uma mesa de bambu, com um chapéu de bambu em sua cabeça e sandálias de bambu em seus pés. Ele pode, ao mesmo tempo, ter em suas mãos uma tigela de bambu, e em outra mão pauzinhos de bambu, e comer brotos de bambu. Quando ele terminar sua refeição, que foi cozida em fogo de bambu, a mesa pode ser lavado com um tecido de bambu, e ele pode abanar-se a si próprio com um leque de bambu, tirar uma siesta em uma cama de bambu, deitado sobre uma esteira de bambu.

Seu filho pode repousar num berço de bambu, brincando com um brinquedo de bambu. Ao levantar-se ele fumaria um cachimbo de bambu e, com uma caneta de bambu, escreveria em papel de bambu, ou transportaria suas coisas em uma cesta de bambu suspensa por uma vara de bambu, com um guarda-chuva de bambu sobre sua cabeça. Ele pode então fazer uma caminhada sobre uma ponte suspensa  de bambu, beber água de uma concha de bambu, e coçar-se com uma raspadeira de bambu.

(Retirado de GEIL, Willian Edgar. A Yankee on the Yangtze. London: Hodder and Stoughton, 1904. In Yangtze Patrol. Kemp Tolley. Annapolis: U.S. Naval Institute Press, 1971. P. 256)

 Livro Bambu de Corpo e Alma (http://books.google.com/books?id=8UmDNAAACAAJ&dq=bambu+de+corpo+e+alma&hl=pt-BR&cd=1),

Água

maio 19, 2010

Duas cosmologias em conflito

 O prêmio Nobel em economia Joseph Stiglitz disse recentemente: "O legado da crise econômico-financeiro será um grande debate de idéias sobre o futuro da Terra". Concordo plenamente com ele. Vejo que o grande debate será em torno das duas cosmologias presentes e em conflito no cenário da história. Por cosmologia entendemos a visão do mundo -cosmovisão- que subjaz às idéias, às práticas, aos hábitos e aos sonhos de uma sociedade. Cada cultura possui sua respectiva cosmologia. Por ela se procura explicar a origem, a evolução e o propósito do universo e definir o lugar do ser humano dentro dele.
A nossa atual é a cosmologia da conquista, da dominação e da exploração do mundo em vista do progresso e do crescimento ilimitado. Caracteriza-se por ser mecanicista, determinística, atomística e reducionista. Por força desta cosmovisão, criaram-se inegáveis benefícios para a vida humana, mas também contradições perversas como o fato de que 20% da população mundial controlar e consumir 80% de todos os recursos naturais, gerando um fosso entre ricos e pobres como jamais havido na história. Metade das grandes florestas foram destruídas, 65% das terras agricultáveis, perdidas, cerca de 5 mil espécies de seres vivos anualmente desaparecidas e mais mil agentes químicos sintéticos, a maioria tóxicos, lançados no solo, no ar e nas águas. Construíram-se armas de destruição em massa, capazes de eliminar toda vida humana. O efeito final é o desequilíbrio do sistema-Terra que se expressa pelo aquecimento global. Com os gases já acumulados, até 2035 fatalmente se chegará a 2 graus Celsius, e se nada for feito, segundo certas previsões, serão no final do século 4 ou 5 graus, o que tornará a vida, assim como a conhecemos hoje, praticamente impossível.
A predominância dos interesses econômicos especialmente especulativos, capazes de reduzirem países à mais brutal miséria e o consumismo trivializaram nossa percepção do risco sob o qual vivemos e conspiram contra qualquer mudança de rumo. Em contraposição, está comparecendo cada vez mais forte, uma cosmologia alternativa e potencialmente salvadora. Ela já tem mais de um século de elaboração e ganhou sua melhor expressão na Carta da Terra. Deriva-se das ciências do universo, da Terra e da vida. Situa nossa realidade dentro da cosmogênese, aquele imenso processo de evolução que se iniciou a partir do big-bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos. O universo está continuamente se expandindo, se auto-organizando e se autocriando. Seu estado natural é a evolução e não a estabilidade, a transformação e a adaptabilidade e não a imutabilidade e a permanência. Nele tudo é relação em redes e nada existe fora desta relação. Por isso todos os seres são interdependentes e colaboram entre si para coevoluirem e garantirem o equilíbrio de todos os fatores. Por detrás de todos os seres atua a Energia de fundo que deu origem e anima o universo e faz surgir emergências novas. A mais espetacular delas é a Terra viva e nós humanos como a porção consciente e inteligente dela e com a missão de cuidá-la.
Vivemos tempos de urgência. O conjunto das crises atuais está criando uma espiral de necessidades de mudanças que, não sendo implementadas, nos conduzirão fatalmente ao caos coletivo e que assumidas, nos poderão elevar a um patamar mais alto de civilização. É neste momento que a nova cosmologia se revela inspiradora. Ao invés de dominar a natureza, nos coloca no seio dela em profunda sintonia e sinergia. Ao invés de uma globalização niveladora das diferenças, nos sugere o biorregionalismo que valoriza as diferenças. Este modelo procura construir sociedades autossustentáveis dentro das potencialidades e dos limites das biorregiões, baseadas na ecologia, na cultura local e na participação das populações, respeitando a natureza e buscando o "bem viver" que é a harmonia entre todos e com a mãe Terra.
O que caracteriza esta nova cosmologia é o cuidado no lugar da dominação, o reconhecimento do valor intrínseco de cada ser e não sua mera utilização humana, o respeito por toda a vida e os direitos e a dignidade da natureza e não sua exploração.
A força desta cosmologia reside no fato de estar mais de acordo com as reais necessidades humanas e com a lógica do próprio universo. Se optarmos por ela, criar-se-á a oportunidade de uma civilização planetária na qual o cuidado, a cooperação, o amor, o respeito, a alegria e espiritualidade ganharão centralidade. Será a grande virada salvadora que urgentemente precisamos.
Leonaro BoffTeólogo, filósofo e escritor

[Leonardo Boff, junto com Mark Hathaway, escreveu o livro The Tao of Liberation. Exploring the Ecology of Transformation, N.Y. 2009].

maio 15, 2010

Fado da Terra



Ó terra, eu vou cantar-te,
Tenho as mãos cheias de ti,
E agora darei parte,
Com maior ou menor arte
Daquilo que descobri.

Estes torrões que seguro,
Fui-os no campo apanhando –
São desse barro maduro
Com que se amassa o futuro
Desta vila de Redondo.

A terra é base da vida,
Sobre ela pomos os pés,
E a gente vai decidida,
Devagar ou em corrida,
Correr mundo lés a lés.

Foi da terra-mãe que vim
E tu vieste também.
A terra criou-me a mim,
E quando chegar meu fim,
Voltarei à terra-mãe.

Deita-se à terra a semente
Num gesto lento, sem pressa –
E quase magicamente
Surge a planta de repente,
E nova vida começa.

Ó terra, ouve meu pranto,
Minha voz desesperada,
De ver os que entretanto
Destroem teu verde manto,
E te trazem maltratada.

Poema de António Simões, in "Fado de Água e Outros"

maio 09, 2010

A criação de gado devasta imensas áreas verdes naturais.

 O homem provoca desequilíbrio na Natureza ao alterar processos evolutivos normais de animais e vegetais. A demanda por carne barata é uma das principais causas da destruição das florestas tropicais e outras florestas em todo o mundo. Isto contribui para a extinção das espécies e para a desertificação, além da poluição causada pelo dióxido de carbono. 

Estudos recentes realizados nos Estados Unidos revelam que o rebanho bovino é responsável por pelo menos 12% do gás metano (uma das substâncias que mais influenciam no aumento da temperatura no planeta – efeito estufa) liberado para o meio ambiente. A industria da carne é um dos agentes mais poluentes e que mais consomem água. O solo fértil também sofre com a criação de gado, que é uma das causas de seu esgotamento. Segundo o Worldwatch Institute, “alimentar a população mundial atual com uma dieta baseada no estilo americano requereria 2% vezes a quantidade de grãos produzidos no mundo para todos os fins. Um mundo futuro de 8 a 14 bilhões de pessoas alimentando-se com a ração americana de 220 gramas diários de carne gerada a partir do consumo de grãos não passa de um vôo da fantasia”.
OS FATOS
Número de pessoas que poderiam ser nutridas usando a terra, a água e a energia liberadas se os norte-americanos reduzissem seu consumo de carne em 10%: 100.000.000
Quantidade, em quilos, de grãos e soja usados para produzir um quilo de alimento a partir de: carne de gado 7,2kg, porco 2,7kg, galinha/ovo 1,3kg.
Nutrientes desperdiçados para obter proteína animal alimentando gado com grãos e soja: proteína 90%, carboidratos 99%, fibras 100%.
Número de pessoas que seriam alimentadas com cereais usados para gerar 225g de carne: 40.
Quantidade de terra boa no mundo destinada a pastagens para o gado: metade
Produtos comestíveis que podem ser produzidos em 1 hectare de terra boa em quilos: feijão11.200kg, maçã 22.400kg, cenoura 34.900kg, batata 44.800kg, tomate 56.000kg, carne 280kg.
Quantidade de soja cultivada nos Estados Unidos consumida pelo gado: 90%
Quantidade de milho cultivado no Brasil consumido pelos animais de criação: 90%
Quantidade total de grãos produzidos nos Estados Unidos consumidos pelo gado: 70%.
Quantidade da colheita mundial de grãos consumida pelo gado nos anos oitenta: metade
Quantidade total de energia gasta na agricultura dos Estados Unidos destinada a criação de gado: quase a metade.
Atividade responsável por mais de metade de toda a água consumida para todos os fins nos Estados Unidos: criação de gado.
Número de litros de água necessários, na Califórnia, para produzir 1 quilo de tomate 39, trigo 42, leite 222, ovos 932, frango 1.397, porco 2794, boi 8.938.
Taxa atual da extinção das espécies devido à destruição das florestas tropicais e seus hábitats para ceder espaço para a criação de gado: 1.000/ano
Remédios disponíveis hoje derivados das plantas: um quarto
(Dados retirados, em boa medida, de: Our Food Our World, EarthSave Foundation, Santa Cruz).
ÉTICAS
Do ponto de vista ético a carne em nossa mesa implica em crueldade com os animais, bem como com o próprio ser humano, uma vez que sua produção é antieconômica e a quantidade de alimento produzido em uma mesma extensão de terra é muito menor do que quando dedicada a lavoura. Portanto, em um mundo onde a fome ainda é uma REALIDADE para grande parte da família humana, torna-se, o comer carne, um hábito suntuoso, totalmente inaceitável.
CURIOSIDADES
Os animais mais fortes da terra, tais como os elefantes, os gorilas, os cavalos e os bois, são todos vegetarianos.
Os vegetarianos conquistam recordes atléticos.
Único atleta a vencer o triatlo no Ironman mais de duas vezes: Dave Scott (venceu 6 vezes), um vegetariano.
Milhões de pessoas na Índia, e em outros países, vivem, desenvolvem-se e multiplicam-se há milhares de anos sem provar carne de espécie alguma.
Os únicos animais que vivem mais do que o homem, as tartarugas gigantes de Galápagos e das Ilhas Seychelle, são vegetarianos.
O mamífero que tem vida mais longa, além do homem, é o elefante, um vegetariano.
Os papagaios, que detém o recorde de longevidade entre os pássaros, são vegetarianos.
Os parentes mais próximos do homem, os grandes macacos, são vegetarianos.
Os vegetarianos têm descontos no seguro de vida na Inglaterra.
Na Inglaterra, as escolas oferecem a opção de refeições vegetarianas.
Mais de dez por cento da população inglesa é vegetariana.
A cada semana cerca de 2.000 ingleses viram vegetarianos.
Nos Estados Unidos, açougueiros não podem participar de júris criminais.
Os países que mais consomem laticínios apresentam os índices mais altos de osteoporose. – Os habitantes de Vilcabamba, Equador, vivem freqüentemente mais de cem anos: eles comem menos de 30 gramas de carne por semana.
PONTO DE VISTA
“Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.”
Albert Einstein
“O homem implora a misericórdia de Deus mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã, e depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal não é possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um terá de responder.”
Buda
“Ser vegetariano é discordar: discordar do curso que as coisas tomaram hoje. Fome, crueldade, desperdício, guerras – precisamos nos posicionar contra estas coisas. O vegetarianismo é minha forma de me posicionar.”
Isaac Bashevis Singer
Maily Winckler, socióloga, tradutora, é Secretária Regional para América Latina da União Vegetariana Internacional (IVU), com sede na Inglaterra.
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Aqui vão alguns conceitos de dietas que excluem a carne vermelha. Antes de aderir a um deles procure um médico ou nutricionista para ajudar na composição de sua dieta. E lembre-se, alimentos integrais e orgânicos são infinitamente mais saudáveis e saborosos.
O ovolactovegetarianismo é uma dieta composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados deles. Os que seguem o ovolactovegetarianismo não comem qualquer tipo de carne.
O semivegetarianismo é considerada a dieta do indivíduo que come carne (geralmente branca) em menos de três refeições por semana. Esse grupo não é vegetariano. Há também outras definições, como a prática de uma dieta em que se retira da alimentação alguns tipos de carne, sobretudo a vermelha, não havendo impedimento estrito ao consumo de peixes, aves de capoeira, leite, ovos, e derivados destes produtos, embora muitas vezes mesmo esses produtos sejam evitados.
O lactovegetarianismo é uma dieta composta por alimentos de origem vegetal, leite e seus derivados. Os que a seguem não comem ovos nem qualquer tipo de carne.
O ovovegetarianismo é uma dieta composta apenas por alimentos de origem vegetal e ovos. Os que seguem esta dieta não comem, assim, qualquer tipo de carnes ou laticínios.
O crudivorismo é um tipo de dieta vegetariana restrita, ou seja, o indivíduo não consome nada de origem animal, e além disso, seus alimentos não são cozidos.
Nessa dieta, nada pode ser preparado ao fogo, por acreditarem que este tipo de preparação causa perda de nutrientes. Não quer dizer, necessariamente, que se comam apenas alimentos crus. Existem processos de preparação que não causam perda de nutrientes, como a desidratação dos alimentos.
A alimentação crudívora, também chamada de “alimentação viva” ou “comida viva”, é uma forma de alimentação baseada em alimentos crus, frutos frescos e secos (hidratados), vegetais, sementes, grãos germinados como o germe de trigo e algas, ricos em enzimas e nutrientes. Os quais têm toda a vitalidade nutricional necessária para uma vida saudável.
Frugivorismo é uma forma mais restrita de dieta vegetariana, em que se ingerem apenas frutas. Como em outras dietas, algumas pessoas se consideram frugívoras mesmo não tendo uma dieta constituída apenas por frutos. As razões para isso podem ser porque ainda estão a caminho da dieta total ou por considerarem que o estágio atingido já é o suficiente. Enquanto a ingestão de frutos de uma pessoa representar a maior parte de sua alimentação, ela pode ser considerada (parcialmente) frugívora.

Fonte: Wikipédia.ogr

PIRÂMIDE DA DIETA VEGETARIANA

SAÚDE
Do ponto de vista da saúde o regime vegetariano é amplamente favorável. Segundo a Dra. Jacqueline André (André, 1990), o consumo excessivo de carne é nocivo por muitas razões:
A carne e rica em gorduras, favorecendo a ateromatose e o infarto do miocárdio, os cânceres colorretais e a obesidade.
O fato de ser rica em colesterol faz dela uma causa de cânceres hormonodependentes (mama, próstata, útero). Seu alto teor de protídeos pode torná-la um fator de insuficiência renal. Além disso, o cozimento prolongado ou sob altas temperaturas de suas proteínas provoca a formação de agentes mutagênicos, que podem iniciar um câncer.
O fato de ser rica em ácidos nucléicos faz dela um fator de cálculos urinários, hiperuricemias e gota.
Os resíduos de antibióticos nela contidos podem, muito freqüentemente, causar alergias.
Os antibióticos, de cujo uso (veterinário ou a título de aditivos alimentares) a preparação industrial da carne necessita, são um fator de resistências transferíveis.
A rápida impressão de saciedade que sua ingestão provoca pode levar o consumidor a reduzir exageradamente a porção de fibras vegetais em sua ração alimentar, o que é, sobretudo, um fator de constipação, de diabete e de cânceres colorretais.
Aquele que retira o essencial de suas proteínas da carne freqüentemente negligencia o consumo de leguminosas; disso podem resultar carências de magnésio, responsáveis principalmente por distúrbios do ritmo cardíaco, depressões nervosas e oxalato na urina.

Vegetarianismo e paz

Vegetarianismo contra o aquecimento global


Atualmente muitas pessoas falam sobre aquecimento global. Infelizmente nem sempre abordado pelos meios de comunicação como deveria. Porém, serei um tanto otimista em dizer que ao menos vem sendo muito mais debatido e que mais pessoas buscam saber o que podem fazer para reduzirem seu impacto.
Podemos afirmar que, ao adotar e praticar a dieta vegetariana, você está colaborando muito. Não é o suficiente. Todos devem estar atentos e pesquisar para, cada vez mais, praticar ações por uma vida sustentável e cautelosa a fim de minimizar seus efeitos maléficos ao clima, mas o vegetarianismo é uma imensa colaboração pela ótica do consumo responsável, ético e consciente, em diversos aspectos.
Sabemos, com comprovação científica pelo IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas), que o aquecimento global é a conseqüência do uso de recursos naturais de forma exagerada e irresponsável – os gases que prejudicam nosso clima e potencializam o efeito estufa, ocasionando o aquecimento exagerado da Terra, são provenientes das utilizações de bens materiais altamente poluidores e hábitos errôneos, inclusive alimentares, arraigados ao cotidiano dos seres humanos.
No Brasil, a prática que mais libera dióxido de carbono (CO2) – um dos piores gases - é o desmatamento na Amazônia. E por que desmatam? Para plantar soja e outros grãos, a maior parte destinada à ração animal e não à alimentação humana como muitos pensam, para extrair madeira - ilegal em grande quantidade, para carvão e, principalmente, para dar espaço aos bois - a perversa e cruel pecuária. Segundo Gilney Vianna, secretário de políticas para o desenvolvimento sustentável do Ministério do Meio Ambiente, “75% das áreas desmatadas na Amazônia são ocupadas pela pecuária”, onde vivem torturados e infelizes 70 milhões de bois.
Além de acarretar problemas com desmatamento, a pecuária também produz, por meio do processo digestivo dos animais e seus dejetos, outro gás altamente perigoso e danoso ao clima, o metano. Cerca de 35% a 40% vêm da pecuária bovina. Sendo o metano 21 vezes mais prejudicial que o CO2.
Estudo realizado pela ONU - FAO (Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação), diz que o setor pecuário é pior que os transportes para o clima, já que o CO2 liberado na atmosfera é ainda superior ao emitido por carros. Além do dióxido nitroso, que possui poder aquecedor 296 vezes maior que o CO2. Henning Steinfeld, um dos autores deste estudo, o concluiu da seguinte forma: "A pecuária é um dos causadores mais significativos dos problemas ambientais mais sérios da atualidade".
E não para por aí. O relatório também prova que 64% do total de amônia, principal causadora de chuvas ácidas, também vêm da pecuária e prejudica, entre outros, os oceanos – estes que também possuem papel fundamental para a saúde do planeta e estão em processo de degradação pela irresponsabilidade humana. "Os oceanos absorveram 48% do C02 emitido por nós para a atmosfera nos últimos 200 anos", afirma Christopher Sabino, do National Oceanic Atmospheric Administration, autor de um artigo sobre o tema publicado no jornal Science. Vegetarianos também colaboram imensamente para o clima por não alimentarem a indústria pesqueira. Atualmente, 75% dos peixes comercializados vêm da pesca predatória, ameaçando a existência de várias espécies como atum e linguado. Os corais estão se deteriorando pela acidez das águas e, como não poderia ser diferente, pela pesca – especialmente a realizada em águas profundas, a qual chega a destruir corais de centenas de anos. Para que a recuperação das vidas marinhas fosse viável, as águas precisariam estar limpas, o que está cada vez mais distante da realidade. Novamente a dieta vegetariana ganha força, já que uma das grandes causadoras da poluição das águas é a pecuária e, com grande eficiência, a criação de porcos.
Dados da Sociedade Vegetariana Brasileira mostram que uma criação média de porcos produz a mesma quantidade de excrementos quanto uma cidade de 12 mil habitantes. Até reservas subterrâneas de água são contaminadas, como o aqüífero Guarani. Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina realizaram um estudo em 2004 e descobriram que o risco de contaminação das águas, vindo do depósito de fezes e urinas da suinocultura, é extremamente preocupante.
O último relatório do IPCC trouxe diversas previsões assustadoras para nosso planeta – como fome, falta de água, inundações e extinções. E, cabe enfatizar, previsões essas para todas as espécies.
Contudo, é momento de nos enxergamos por outra ótica, deixarmos de inferiorizar os outros animais e de supervalorizar o ser humano.
Com bases científicas a favor do planeta, é hora de divulgarmos os benefícios do vegetarianismo como nunca!
 
Por Paula Schuwenck

maio 07, 2010

Nossas amigas, as baleias

 A natureza é mesmo perfeita, não?
Essa notícia é um grande exemplo disso. Tudo no planeta Terra está ligado ao equilíbrio e tem uma importância muito maior do que possamos imaginar. E tudo tem ligação a outros aspectos. Por isso o desequilíbrio ambiental é uma das maiores tragédias que podem existir. Alterar um aspecto de um bioma é alterar o bioma inteiro.
Para exemplificar isso, vamos revelar a importâncias das fezes das baleias.
Fezes??? Como isso é importante? Vocês podem estar pensando isso… (Confesso, eu também pensei assim…)
As fezes da baleia aumentam a capacidade dos oceanos em absorver CO2. Os excrementos das baleias são também ótimos fertilizantes para as plantas marinhas, pois são ricos em ferro. E isso graças a alimentação das baleias, compostas basicamente de krill, pequenos crustáceos ricos em ferro.
À partir dessa poderosa fertilização, as plantas marinhas crescem mais rápido e ficam aptas a absorverem mais CO2.
Cientistas dizem que os oceanos são pobres em ferro e as fezes das baleias contém uma concentração muito elevada, contribuindo muito para o meio ambiente marinho.

Fonte: Ecoplanet

maio 05, 2010

Shanka prakshalána, método de purificação do organismo Shanka prakshalána, a purificação total Cascata

 O 'shanka prakshálana' é uma formidável técnica de desintoxicação e purificação do organismo, que consiste em fazer uma auto-lavagem completa do tracto digestivo e intestinal. A técnica em si é bastante simples: consiste em beber água levemente salgada, de PH fisiológico, para que não seja absorvida pelo organismo. Ela é guiada através dos aparelhos digestivo e excretor enquanto se aplica uma série de exercícios dinâmicos. À medida que o líquido é eliminado, observa-se a expulsão daqueles resíduos e sedimentos que normalmente se acumulam nos intestinos. A água é expelida cada vez mais limpa e clara, até sair totalmente transparente. Esta lavagem deve ser feita em jejum, observando cuidadosamente as instruções mais abaixo designadas. Este processo dura, em média, entre 90 minutos a 2 horas.
Alterna-se a ingestão de cada copo de água com a execução de uma série completa dos exercícios descritos a seguir, de maneira a que não haja acumulação de líquido em nenhuma parte do organismo e que este continue em movimento. A vantagem desta técnica face à lavagem convencional do cólon, é que esta última atinge apenas a porção final do intestino grosso, podendo até alterar os movimentos peristálticos através da pressão excessiva produzida pelo líquido sobre as paredes intestinais. A limpeza obtida mediante o 'shanka prakshálana' vai desde a glote até o recto, tonificando os tecidos e favorecendo o peristaltismo.
O fluxo de água promove uma lavagem total e profunda dos órgãos internos. Os resultados da prática sentir-se-ão em todos os níveis do organismo: tonificação das paredes intestinais, estímulo do peristaltismo, hálito mais puro e fresco, pele mais limpa, melhoria do sono, leveza, bem-estar e melhoria da disposição geral. Dada a eficiência deste método, o ideal é fazê-lo, no máximo, quatro vezes por ano, sendo a época mais propícia a mudança das estações.
O procedimento aqui descrito é o mais tradicional, porém, existe ainda outra variação desta técnica, que consiste em alternar a ingestão de água com diversas e sucessivas contracções abdominais: 'nauli kriyá', 'uddiyana bandha' ou 'agnisára dhauti'. Se quiser, poderá optar posteriormente por esta variação, mas aconselhamos que, para começar, experimente a série clássica, verdadeira obra de arte da engenharia fisiológica do Yoga.

Cuidados iniciais

Considerando que o 'shanka prakshálana' levará entre uma 1h30m e 2h, aconselhamos que reserve para este procedimento uma manhã de domingo ou algum dia em que disponha de bastante tempo livre. O factor decisivo para o sucesso no 'shanka prakshálana' (e não apenas nele, mas em todas as técnicas do Yoga) é a confiança no método. Tenha a certeza de que esta técnica foi exaustivamente testada antes de chegar até si. Na véspera, faça uma refeição leve e equilibrada, 5 a 6 horas antes de deitar.
O momento ideal é pela manhã, em jejum total. Pessoas que tenham obstipação intestinal crónica deverão tomar um laxante suave na véspera.
Aconselhamos ameixas secas ou uma colher de sopa de sementes de linhaça deixadas de molho num copo de água desde a noite da antevéspera do tratamento. Dedique o resto da jornada à meditação, leitura ou alguma actividade que não demande esforço físico. Faça Yoga, mas evite praticar 'ásanas' (exercícios físicos do Yoga). A primeira refeição deve ser feita, no mínimo, 30 minutos após a lavagem.
Contra-indicação importante: pessoas com debilidade geral, úlceras do estômago e duodeno, colite, cancro ou disenteria devem abster-se de fazer este exercício. Atenção aos diabetes e hipertensão.

Os exercícios

Descreveremos agora a sequência dos quatro exercícios físicos. Se você os achar maçantes ou fáceis demais, não deixe na mesma de os fazer, pois cada um deles tem um efeito muito específico sobre uma parte do aparelho digestivo ou excretor, como você perceberá na prática. Se você não fizer assiduamente exercícios físicos, aconselhamos que repita esta série várias vezes na véspera, para evitar as dores do day after. Não queira modificar detalhes da execução, pense que isto não são os 'ásanas' que você conhece e está acostumado a fazer. Siga cuidadosamente estas instruções.
Exercício 1
Em pé, com um palmo de distância entre os pés, que devem ficar paralelos, os braços para cima, os dedos entrelaçados e as palmas voltadas para o tecto, faça quatro flexões laterais para a esquerda, alternando-as com outras quatro flexões para a direita. Não desloque os quadris ao inclinar o tórax e faça a flexão mantendo o tronco alinhado com as pernas e os braços.
Não permaneça, apenas faça o movimento coordenado com a respiração. Ao todo, as oito flexões (quatro para cada lado) não devem levar mais do que dez segundos. Este movimento lateral age sobre o piloro, aquela válvula que controla a passagem entre o estômago e o duodeno, antes do intestino delgado. A cada flexão, uma porção de água entra no tracto intestinal.
Exercício 2
Ainda em pé, faremos agora um movimento de torção do tronco. Inicie o movimento com os braços estendidos horizontalmente para frente. Gire o tronco para a esquerda, levando o braço desse lado para trás e flexionando o direito até que a mão toque a clavícula esquerda. A cabeça acompanha essa rotação, olhando para trás. Inspirando, retorne e faça o mesmo movimento para a direita enquanto solta o ar. Olhe para a sua mão direita, que deve ficar bem para trás, sempre na linha horizontal. Você fará um total de oito rotações (quatro para cada lado), mantendo sempre os braços na linha dos ombros e as costas erectas. Estes oito movimentos também serão feitos em cerca de dez segundos. Estas torções levarão a água para o intestino delgado, fazendo-a circular por ele. Coordene sempre o movimento com a respiração. Exale ao ir para os lados e inale ao retornar. Não permaneça.
Exercício 3
Fique em decúbito frontal (de bruços) e mantenha os pés separados um palmo, apoie-se nas pontas dos dedos dos pés e nas palmas das mãos. Os joelhos não tocam o solo e as pernas ficam elevadas. Se for necessário, contraia um pouco as nádegas. Agora você fará uma rotação com a cabeça e os ombros, olhando alternadamente para trás, como se quisesse ver o calcanhar do lado oposto àquele para o qual você está a girar: ao olhar por cima do ombro esquerdo, tente ver o pé direito; ao olhar por cima do ombro direito, tente ver o pé esquerdo.
Sinta o alongamento produzido pela posição na região abdominal e procure perceber a passagem de água pelos intestinos. Faça quatro giros para cada lado, que totalizam oito movimentos, sem permanência, em cerca de quinze segundos. Não esqueça a respiração, sempre associada ao movimento. Isto fará com que a água comece a entrar no intestino grosso e circule por ele.
Exercício 4
Sente-se no chão e flexione a perna esquerda, deixando o joelho para cima, sem passar o pé para o lado de fora da perna direita, que permanecerá esticada. Agora gire o tronco, colocando o braço direito entre o tórax e a coxa esquerda. Olhe por cima do ombro para trás, inclinando um pouco o tronco e apoiando-se na mão esquerda. Sem permanecer, inspire e torça-se para o outro lado da mesma forma. Em quinze segundos, faça quatro torções para cada lado. Comprima bem o baixo ventre contra a coxa a cada expiração. Os ombros devem estar na mesma altura e a coluna bem erecta. As torções levarão a água pelo cólon até o recto. Ao todo, esta sequência de quatro exercícios levará perto de um minuto.

Instruções de execução

Prepare uma boa quantidade de água filtrada e fervida. Mesmo se for utilizar água mineral, é conveniente fervê-la antes de adicionar o sal. Tendo em conta que você vai ingerir no mínimo catorze copos, ou seja, três litros e meio de água, prepare um pouco mais, por via das dúvidas.
Salgue a água mantendo a proporção de uma colher de sobremesa para cada litro. Caso você ache a água demasiado salgada, reduza um pouco a concentração de sal. Utilize sal marinho de boa qualidade. Jamais faça este exercício com água pura, pois o seu organismo começará a absorvê-la e você transformar-se-á num "barril ambulante".
Ingira um copo de água morna e salgada.
Faça a sequência dos quatro exercícios num minuto.
Beba outro copo e repita os exercícios.
Continue assim até ter ingerido seis copos. Se sentir que a água não está a circular, faça a série mais algumas vezes. Se ainda assim não funcionar, pode acontecer que a presença de gases nos intestinos esteja bloqueando a passagem do líquido. Nesse caso, faça uma inversão:
- após o sexto copo, faça uma visita ao W.C. Na primeira evacuação saem as fezes normais. As seguintes serão pastosas mas pouco a pouco irão ficando cada vez mais líquidas. A água deve fluir sem parar no estômago. Se você sente que ela não está a circular repita a série de exercícios antes de beber mais.
Depois de evacuar a primeira vez, o ritmo do 'shanka prakshálana' seria assim:
  • Um copo de água.
  • Uma série de exercícios.
  • Visita ao wc.
  • Água.
  • Exercícios.
  • Wc.
A cada novo copo haverá uma nova evacuação. Preste atenção à cor das fezes, que ficarão cada vez mais claras.
Dependendo dos hábitos alimentares, do seu biótipo e das características dos seus intestinos, serão necessários entre doze e dezasseis copos até que a água expelida saia tão limpa quanto a ingerida.
Utilize o bom senso: se você bebeu dez copos de água e ainda não conseguiu evacuar pela primeira vez, interrompa a ingestão de água e passe a executar apenas os exercícios, alternando-os com a execução de alguns ciclos de 'nauli' ou 'rajas uddiyana bandha' e a permanência numa posição invertida sobre a cabeça ou os ombros. Após a evacuação, retome o ritmo acima descrito.
Quando começar a aparecer a água limpa, você deve interromper a absorção, mas deve continuar a repetir os exercícios mais algumas vezes, alternando sempre as séries com evacuações.
Se conseguiu ficar limpo, aproveite para fazer uma alimentação mais saudável.
Gentilmente cedido por Pedro Kupfer

 © Paula Soveral

Alfazema remédio caseiro.


Planta muito popular nativa da região mediterrânica, anti-séptica e antibacteriana. Todas as partes da planta são aromáticas, sobretudo as flores de côr azulada / lilás associada ao Verão.
Os Romanos utilizavam-na para perfumar a água do banho. Também se utiliza para afugentar insectos e eficaz contra a traça.
Usos Medicinais:
Sedativa e calmante. Reduz o stress mental. Especialmente indicada para tratamento da ansiedade, depressão, dores de cabeça, apoplexia, paralisias, asfixia, catarro, todas as doenças nervosas, digestões diifíceis, espasmos e flatulência, vómitos nervosos, atrasos na menstruação, febres e sarampo. Pode ser usada directamente sobre a pele, para aliviar queimaduras, desinfectar pequenas feridas. Os banhos terapêuticos aliviam as dores reumáticas, problemas circulatórios e baixam a febre.
Preparação:
Infusão de cerca de 15 gr de flores secas para 1 litro de água. Deve-se beber quente, 3 a 4 vezes por dia. Para insónias, 1 chávena com 1 colher de mel ao deitar. No banho, utilize cerca de 20 a 30 gotas de óleo essencial ou junte 1 litro do chá coado. Para massagem, utilize algumas gotas do óleo essencial (puro ou diluído num óleo base tal como: óleo de sésamo, óleo de jojoba, amêndoas doces, etc.) massajando as mãos, os pulsos, a nuca, por detrás das orelhas, a testa (cuidado com os olhos) ou qualquer parte do corpo que precise de ser massajada, relaxada; nas articulações deve fazer movimentos circulares de dentro para fora.
Precauções:
Esta planta não tem contra-indicações. No entanto, deve ser utilizada com cuidado durante a gravidez. O óleo essencial pode ser aplicado directamente sobre a pele mas não deve ser ingerido.

 © Paula Soveral

A Ayurveda - Princípios


A Ayurveda é um sistema médico e terapêutico natural. Baseia-se no princípio de que o homem é um ser vivo, como tudo e todos, parte integrante da Natureza e utiliza, por isso, tudo aquilo que a Natureza lhe oferece. Não rejeita nada, mas dá preferência a um regime alimentar vegetariano. Não tem dogmas e é flexível: cada caso é estudado individualmente e inserido no momento em que se encontra. Toma sempre em consideração dois aspectos: o Prakruti e o Vrikruti.
Prakruti
é o dosha de origem, ou seja a constituição da pessoa e que não pode ser alterado.
Vrikruti
é o dosha em desequilíbrio e, portanto, causador da doença, ou seja, a condição do momento em que a pessoa se encontra, e este, sim, pode e deve ser corrigido.
Segundo a Ayurveda, os princípios básicos da saúde são: Nutrição correcta, Fitoterapia (uso de plantas medicinais), Repouso, Meditação, Actividade Sexual Equilibrada e Exercício Físico Progressivo.
Ou seja, tratar do equilíbrio do próprio corpo depende de correcta nutrição, descanso e exercício. Trabalhar com estas áreas de manutenção assegura bem estar e uma vida longa e produtiva. Com o avançar da idade, equilibrar estes factores torna-se, por vezes, difícil. A falta de exercício, por exemplo, acarreta uma série de problemas físicos e emocionais. A falta de meditação, ansiedade, stress, falta de centramento e de Presença no Agora, aumentando, portanto, a visão dualista e separatista. A falta de repouso, stress e condições de desequilíbrio propícias para a doença se manifestar. E, finalmente, uma alimentação desequilibrada, carências de vitaminas, sais minerais e oligoelementos, más digestões, consequente formação de toxinas e, mais uma vez, condições propícias à manifestação da doença.
Então, o que é o Ayurveda? É a antiga Medicina Indiana. Ayur significa, literalmente, Vida e Veda, conhecimento, ciência. A Ciência da Vida. A Ayurveda é a mais antiga medicina, com mais de 5000 anos, base de todas as outras. É o sistema de saúde mais holístico que existe. A Ayurveda utiliza-se de métodos yogues, como os asanas (posturas) e pranayamas (respiração), para tratar as doenças físicas e mantras e meditação para tratar a mente e desenvolvimento espiritual.
A antiga visão da cura, prevenção e longevidade, era parte da tradição espiritual. Vyasa Deva, o famoso sábio, preservou o conhecimento completo do Ayurveda na forma escrita, juntamente com grande discernimento espiritual de ética, virtude, e auto-realização.
Os métodos usados para descobrir esse conhecimento de ervas, comidas, aromas, cristais, cores, yoga, mantras, estilo de vida, e cirurgia são fascinantes e variados. Os sábios, clínicos/cirurgiões daquele período eram pessoas profundamente santas e devotas, que viam a saúde como uma parte integral da vida espiritual.
Existem três tratados principais: Charak Samhita, Sushrut Samhita e o Ashtanga Hridaya Samhita, com mais de 1200 anos, que contêm o conhecimento original e completo do Ayurveda e são usados até hoje. Charak representa a escola de medicina de Atreya, abordando fisiologia, anatomia, etiologia, patogênese, sintomas, e sinais da doença, metodologia de diagnósticos, tratamento, e medicação do paciente, prevenção e longevidade. Também são consideradas as causas internas e externas das doenças. Charak sustenta que a causa primeira da doença é a perda da fé no Divino. Neste tratado, Charak Samhita, uma secção inteira é dedicada às aplicações médicas e terapêuticas das ervas, regime alimentar e reversão do envelhecimento.
As causas internas estão relacionadas com a falta de reconhecimento da unidade com o Todo, com a Natureza: as pessoas não reconhecem que a Força Vital está presente em tudo, incluindo elas mesmas, e essa visão separatista da vida cria uma lacuna. Esta lacuna causa um anseio/sofrimento por uma aspiração de unidade. Este sofrimento manifesta-se como o início de doença espiritual, mental e, finalmente, física.
As causas externas incluem hora do dia, as estações do ano, o clima, regime alimentar e estilo de vida.
A doença desenvolve-se em seis estágios, a saber: 1) agravamento, 2) acumulação, 3) excesso, 4) migração, 5) formação num novo local, e 6) a manifestação da doença reconhecida.
Actualmente, na Medicina Convencional, através de equipamentos e diagnósticos modernos pode apenas detectar-se uma enfermidade quando ela atinge o 5o e o 6o estágios. Segundo os métodos Ayurvédicos, pode reconhecer-se uma doença em formação antes dela criar desequilíbrios mais sérios no corpo. O conceito de Saúde não existe, uma vez que a perfeição também não existe. Assim, a “saúde” é vista como um equilíbrio entre os humores biológicos, enquanto a doença é um desequilíbrio dos humores. Ayurveda cria equilíbrio suprindo os humores deficientes e reduzindo os que estão em excesso. A Cirurgia, por exemplo, é vista como o último recurso.
Adicionalmente, existem mais de 2000 plantas medicinais classificadas na literatura médica Indiana. Uma única terapia, conhecida como pancha karma (literalmente: cinco acções), remove completamente as toxinas do corpo. Este método reverte o caminho da doença a partir do seu estágio de manifestação, de volta para a corrente sanguínea, e finalmente dentro do trato gastrointestinal (o local original da doença). Isto é obtido através de regimes alimentares específicos, massagem com óleo, e terapia com vapor. No fim destas terapias, formas especiais de vómito, purgação (purificação), e enema removem o excesso dos locais de origem. Este processo terapêutico leva ao rejuvenescimento – reconstruindo as células do corpo e os tecidos depois das toxinas terem sido removidas.

 © Paula Soveral

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